domingo, 4 de janeiro de 2009

CALAR OU FALAR

Calar ou falar são apenas duas das inúmeras reações externas que um corpo pode expressar diante da situação que muitos ainda temem, o momento quando sentimos que a ordem para o corpo veio direta do coração e não daquele que tem o controle maior.
Assim como um saqueador em fração de segundos toma posse da estrutura que o carrega!

Quando ele se rebela, o que vontade mesmo é de conseguirmos num movimento relâmpago arrancá-lo de dentro do corpo segurando com as duas mãos, massageando-o até que ele se acalme!

Dentro do corpo ele causa adrenalina, falta de ar, entre outras coisas, como se tivesse própria opinião, amplia a audição quando a doce voz da amada se aproxima aos ouvidos. Limpa a visão, fazendo com que meio a centenas de pessoas, somente uma tenha exclusividade no seu foco disparando sem controle o ritmo de sua batida. Adocica o paladar enquanto ela se aproxima e em seguida amolece com um simples beijo daquela que determinou sua dona, a mesma que num passe de mágica desaparece. Fazendo que ele se aperte e ordene derramar, rios de lágrimas sobre a face que a pouco recebeu o toque de uma mão macia. Não acaba ai, quando tudo parece terminado aguça o olfato, onde com um simples perfume de uma blusa esquecida as pressas, envia para a memória, detalhes daquele momento onde uma história se construiu em segundos, não dando sequer tempo de saber o nome dos personagens.
É assim que ele age, não conseguimos impedi-lo de agir, mas com a ajuda dos agentes da razão é possível, controlar o quanto ele poderá nos fazer sofrer.

Enquanto isso o silêncio irá perpetuar, a procura de um sinal daquela que outrora norteou, e controlou mesmo que por segundos todo uma vida disposta a se entregar ao AMOR!

(Fábio Miranda)
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